Lembrara do passarinho no alto do sobrado. Foi feito de bronze. Ou era de verdade? Parecia ser de verdade aos olhos de Miguelzinho. Às vezes de dentro do seu quarto, ele escutava o passarinho cantar. Corria para fora, olhava para cima, mas o passarinho assustado, parava de entoar seu canto majestoso e invernal. Era um alegria para esse menino do interior. Percebeu que o canto do pássaro o fazia viajar.
Quando foi mais tarde, veio a chuva. Relâmpagos e trovões assustaram o garoto, mas só lembrava do seu amigo, lá fora, sentindo frio.
Amanhece. Antes do café, Miguel vai dar uma olhada na ave. Olha para o alto, o sol encandeia seus olhos. Aos poucos vai se acostumando com a claridade . Seu coração bate forte, pois percebe que o seu melhor amigo o abandonara. Nunca mais o viu. O céu azul, assim como sua casa , nem mesmo assim, fizeram seu coração desanuviar. Adeus, passarinho. Seu canto, meu encanto. Suas asas, meu mundo espalhado, pra sempre perdido. Só brado!
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