quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O Guarda-Roupa


O Guarda-Roupa fica com raiva de seu dono por não comprar roupas novas, nem mudar o tipo de  perfume. Por outro lado quando seu dono se desfaz de alguma peça, a saudade bate, as lembranças de uma roupa que ficou tanto tempo com ele, juntinho a ele.
- Onde anda Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia? PESSOAAAAL, Aslam está chamando?

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Descobertas tardias


1.Passeando pela net vi uma foto de Elvis Presley, parei para olhar mais nitidamente, são tantas informações, temos tantas coisas para ler, ver, comentar, ouvir, assistir. Enfim, olhei a foto e percebi o quanto sua boca  e seu nariz são perfeitos. Os olhos meio puxados faz seu olhar ficar enigmático. Realmente foi um ícone não só da música, como também da beleza.
2. Escutando uma certa rádio, começo a ouvir uma voz afinada, suave que cantava uma música de João Bosco, Desenho de giz. Já tinha lido à respeito da cantora Rosa Passos, mas ouvi-la, fez-me perceber o tempo perdido em não tê-la entre meus cds.
 Já disse nesse espaço o quanto gosto de cantoras e também de cantoras desconhecidas que não estão frequentemente na mídia. Quem mora no Rio de Janeiro não pode deixar  de ouvir e assistir a cantora Claudete Ferraz.
4. O mais são percepções e depois restos de verão. Apesar dos dias estarem mais longos, o tempo voa e  "uma certa dama está sempre à espreita a palitar os dentes". Atenção, muita atenção!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Hipérboles

                                   (Imagem retirada do site http://eternalheta.wordpress.com)

                                      Um microfone é pouco para anunciar tudo que sinto por você.
                                      Uma faixa atrelada a uma espaçonave é pouco.
                                      Todos os televisores do mundo não dariam conta.
                                      Todas as peças de teatro, filmes , músicas, todos os romances e novelas
                                      não caberiam o que sinto por você.
                                      Imagine uma carta de amor ridiculamente amorosa
                                                                         com cheiro do meu perfume.
                                                   

domingo, 27 de novembro de 2011

O caminho

                                       (Imagem retirada do site http://www.anjodoscavalos.org.br)

Era o mesmo caminho para chegar em casa, mas Pablo achou estranho encontrar quatro cavalos a um quarteirão antes de sua casa. Cada um em lugares diferentes. Fortes e imponentes. No meio da rua a 1:00 da manhã. Estranho fato, também porque a cidade não é mais agrária. Pablo sempre morara nela. 
Passou tranquilamente por eles, olhou todos e sentiu uma inveja por estarem em pares. A madrugada prometia para  aqueles seres carnudos e pesados, de peles lisas e caudas a se moverem. Ou estavam todos  a procura de algo mais? Ou de mais integrantes para sua trupe caçadora? De quem seriam aqueles belos animais? O dono muito me interessaria, pensara Pablo.
Chega em casa, finalmente. Vai acendendo as luzes: da sala, do seu quarto, do banheiro. Depois de se olhar no espelho, tira a roupa, veste seu pijama. Apaga a luz do banheiro. Vai até a cozinha pega o resto do panetone, liga a televisão e come tudo, deliciando-se com passas e frutas cristalizadas, ao mesmo tempo que passeia pelos canais. Para no programa "Falando de sexo com Sue Johanson". Que velhinha sabida! Desliga  a tv, sai apagando as luzes que esquecera, liga o computador até que o sono chegue e vá para a cama. Sábado, às vezes tem dessas coisas.

sábado, 26 de novembro de 2011

As folhas

Folhas caídas
levantam-se.
Ajuda do vento.
Em que momento caí?
Não sei, não sei.
Só sei que nunca desisti.

Vento. Catavento. Alento.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Confabulando VIII

1.Fim de semana e início de outra tumultuados. Foi suicídio de diretora de colégio, homossexual espancado com traumatismo craniano, escapou por pouco e assassinato de professor, carro e corpo carbonizados.
 De abril para cá o Estado ganhou a  alcunha de Rio Greve do Norte por causa das greves de várias categorias: professores, policiais, bombeiros, EMATER, DETRAN e funcionários da Capitania das artes. Agora deveria ser chamada Rio Grande da Morte. Crimes como esses dois últimos não podem ficar impunes, principalmente crimes homofóbicos.
2.Quando vamos nos tornar um país sério?
3.Quando os políticos vão trabalhar para o bem-comum e não tratar o Brasil como um quintal que não precisa ser melhorado?
4. Apesar de tudo "o instante existe e minha vida está completa, não sou alegre nem triste, sou poeta". Cecília Meireles.
5. Acredito no instante das coisas e tudo pode mudar, pra melhor, claro.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Fatos estranhos


1. Alguns fatos me causam estranheza. Achei estranho um doutorando em sua tese não agradecer a seus pais ter chegado onde chegou. Agradece à esposa, aos colegas e professores, mas até a mãe foi esquecida. Fiquei com pena dela. Não sei da vida de ninguém, mas acho que mãe é mãe.
2. Alguém ainda acredita na copa que acontecerá no Brasil? Até os relógios estão parados por falta de contratos.
3. A escova elétrica debocha das escovas comuns; A máquina de datilografia há anos que está na terapia. Sem previsão de alta; A Tv em preto e branco até hoje não fala com sua irmã Tv em cores. Escova , máquina e Tvs leiam Um apólogo, de Machado de Assis, talvez vocês resolvam seus problemas.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Fênix

Meio samurai, meio punk, meio Ney Matogrosso. Assim defino Fênix, este cantor que possui um timbre de voz tão peculiar às pessoas do sexo masculino. Influência de Ney, ele mesmo disse que tem. O modo de cantar, de se comportar no palco e de se vestir lembra o intérprete de Homem com H. 
Diferentemente de Ney, Fênix compõe  e estou ávido por conhecer suas músicas. Assistindo uma reprise do Som Brasil em homenagem a Ari Barroso, encontro este cantor recifense, boas coisas ou vem de Recife ou da Bahia, ainda não o conhecia, mas sua interpretação é magnífica. São poucos os cantores masculinos de que gosto, pois prefiro as mulheres cantando, porém vale a pena ver e ouvir este cantor nordestino como não poderia deixar de ser. Nós nordestinos arrasamos.

domingo, 20 de novembro de 2011

...


Estou aqui
aquém.
Fugi de mim,
não me devolvi.
Apenas retorcido
e guardado.
Procuro nos trilhos
veredas e coquetéis.
Fome.
Vou além,
mas volto
para o que nunca fui.
                    Mossoró, 10/09/2008

Procuram-se os Velhos Tempos

 

Brincadeiras de roda
telefone sem fio
carrinho de lata
soltar pipa.
Faltar energia e irmos para a calçada
                                         conversar
                                         brincar.
Usar macacão
pentear o cabelo para o lado direito.
As cocadas de D. Gilda
Os dindins de Iracema.

Rodar na praça em época de festas da padroeira,
                                                         Santa Luzia.

Quem os vir por aí,
entrar em contato pelo Vento,
                                            ou
                                                   mandem uma mensagem pelo Pombo- correio.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Realidade

Rocinha, foto de Rafael Andrade/Folhapress

Fazer o que mano? Não posso é deixar de viver. Bala perdida tu pode ser vítima em qualquer lugar. Dentro da sala de aula, dentro do carro, no shopping, na praia, dentro do apartamento, até dormindo.. Aqui no morro é constante tiroteio. Fazer o quê ? Tenho que curtir uma praia. Passo tranquilamente. A gente se acostuma. Na vida a gente se acostuma com tudo. Perder esse dia lindo. Jamais Bró. Falou!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Gatos

Um gato pula o telhado.
Isso me deixa maravilhado
embora à espreita.

Gatos miam
sim não sim não sim não
vozes finas, estridentes.
Gatoria.

O gato arranha minha janela.
Abro, não abro?
Será o gato que eu queria?
Fico naquela
.
O gato não desiste.
Insiste.

Abro a janela.
O gato se lança.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

As cores avessas de Frida Kalho


A peça As cores avessas de Frida Kalho, encenada pelo Grupo teatral da Ufrn é realmente um espetáculo para se emocionar e refletir sobre a existência. Somos todos seres em conflito. Esse conflito humano na peça é mostrada pela dualidade e ambiguidade, pois duas atrizes juntas estão sempre mostrando as duas personas Frida Kalho: Uma maquiada; outra sem nada no rosto. Até Diego, o grande amor dela se veste de mulher. Ele, a própria Frida. 
Os espectadores sentam no palco, enquanto assistem o desenrolar da peça. Gostei dessa experimentalidade. Público e atores juntos na magia e na emoção do palco. Na magia e na emoção dos sentimentos da personagem. Vale a pena também conferir o trabalho de corpo e a trilha musical. 
Não posso deixar também de comentar, minha ex- aluna Kedma que faz parte do grupo e dá um show a parte com sua voz ao cantar de forma entoada, lírica e dramática. Estão todos de parabéns.

domingo, 13 de novembro de 2011

Gerações

Acabo de saber que sou da geração X, segundo um conceito sociológico. São pessoas nascidas entre 1960 e 1980. Estas preferem conversar pessoalmente, embora também gostem das redes sociais, mas não fazem disso um fator primordial nem o principal de suas vidas.
A geração Y são os nascidos entre 1980 e 2000. Estes  preferem o celular ou o computador para conversar. É a geração da tecnologia. Conversar pessoalmente fica em segundo plano.
Os que nasceram a partir de 2000, minha primeira sobrinha é deste ano, são chamados de geração Z. O texto que li não fala deles, mas imagino que vão ser mais apegados à tecnologia, pois aprendem rápido demais a usar as novas tecnologias e sabem mais do que nós. 
Espero que não seja a geração solitária, nem percam totalmente o contato humano, nem sejam tão escravos de celular, por exemplo, que acordem de instante em instante para olhar o email pelo celular que deixa ligado a noite toda ou o MSN só para saber quais amigos ainda estão on line.

sábado, 12 de novembro de 2011

A ostra e a pérola II

A pérola sentada à mesa de um restaurante vê se aproximar uma ostra. Esta vem sorrindo, nota um olhar estranho da pérola que logo pergunta:
- Eu te conheço?

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A ostra e a pérola

 O que fazer, se tenho que me separar de ti. Vivia quentinha, protegida. O que é isso que chamam de luz? Viver em pescoços e orelhas. Foi pra isso que nasci? Cadê você?

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Notícias

Eu deveria fazer como Marilena Chauí e Madonna: Não assisti mais tv e acrescentaria não ler mais notícias. Soldados espancando moradores de rua. Que é isso! Já bastam os neonazistas em São Paulo, que além de matar mendigos, também matam nordestinos e gays. 
Todo policial era pra ter curso superior. Ter estudado muita psicologia. Sei que eles ganham pouco, como qualquer trabalhador no Brasil, mas certos abusos já é demais.
Outras notícias dão conta do biquíni ou da hora em Carolina Dickerman vai fazer a maquiagem. E por falar em Carolina,  há o maior barraco entre Luana Piovani e Carolina Magalhães. Farpas e mais farpas no Twitter. É pra isso que serve o Twitter?
Definitivamente elas deveriam se ocupar com outra coisa. Não é esse o papel social de um artista. Sobre isto voltarei a falar depois. 

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Novembro, se bem me lembro

Novembro vem,
encubro as lembranças de um passado setembrino.
As flores já não me ouvem.
Voam sem dizer adeus.
Ressequidas.
Preparam-se para o inverno.
Esqueço que dezembro se aproxima.
Um ano virgem que se avizinha.
Não saio do meu camarim
e ainda não tive coragem de colocar o lambrusco pra gelar.

Tarde de novembro,
se bem me lembro
nove fora zero.

domingo, 6 de novembro de 2011

A insatisfação do ser humano

Desisti de entender o ser humano. Deixo isso para psicólogos. Ninguém nunca está satisfeito com o que tem ou com aquilo que se é. Eu sou diferente. Assim como Clarice," quero me apoderar do É das coisas", acho que só assim seremos mais felizes.
Grazi Massafera está fazendo terapia porque já conquistou tudo que queria; os irmãos Zezé e Luciano brigam não se sabe porquê ou talvez saibamos, mas é preferível calar, pois não temos nada com isso; Gretchen vive mudando de lugar, de casa, à procura de quê, não sei. Só cito esses exemplos, mas temos muito mais para ilustrar o que disse anteriormente. Ser feliz é difícil ou fácil para alguns. Depende de cada um. Nós é que muitas vezes complicamos tudo que é fácil de se entender ou de se viver. Viver basta.

Semanas, meses, anos


Gosto de escrever todos os dias. Mal tive tempo até agora. Passei a semana preparando aula, corrigindo uma tese, cujo assunto é chatíssimo e ainda inventei de ver ontem Lulu Santos e Banda Eva. Acordei só Deus sabe como, pois a luta continua. Lembrava de vocês e do meu blog. 
Ao ler um comentário no meu blog de um amigo, repentinamente lembrei do passado, dos álbuns que colecionava e do tempo que não volta. Um que gostava era Amar é... Isso foi lá pela sétima série. Incrível que a música do momento era Como uma onda, de Lulu e tem tudo a ver com este assunto. Semanas, meses, anos. Os dias não existem. Passam tão depressa que é como se fossem fantasmas, fumaça, evaporação.O tempo voa

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Nunca mais

Hora Extra 1 300x300 Como Calcular Horas Extras

                                                            Risquei os meses no calendário.
                                                            Tempo tempo tempo tempo.
                                                            Sobraram dois.


                                                            Restos diários
                                                            do que se foi,
                                                            do que está por vir.
                                                                               Porvir.

                                                            Tempo antes,
                                                            Tempo depois.
                                                            E o que fica no meio?
                                                            Tempo instante
                                                            Tempo lembrança
                                                            Tempo saudade.
                                                                             Tempos de nunca mais.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

B.O. de feriado

1. É engraçado como as leis no Brasil não funcionam ou funcionam até quando alguém que tem poder quer. Fico sabendo que a Fifa não aceitará a meia entrada nos jogos da copa. Estudantes e idosos não usarão seus direitos .Derruba-se leis a qualquer hora. Já para se fazer justiça a pobre ou  a qualquer reles mortal, a justiça é lenta e cega.
2. Hoje um carro atravessou na minha frente. Por pouco não bati. Atrás de mim vinha outro carro. Por pouco não bateu em mim. Ia morrer em pleno dia de finados. GENTE!
3. Está bombando a perspectiva de vida para 2030. Terei 60 anos e vou viver mais 40 ou não morrer. Já pensaram!? Leiam as primeiras páginas da revista Isto é. Poderemos até namorar robôs.
4. De cemitério, quero distância, que me perdoem meus avós. Rezarei por eles em casa."Deixem que os mortos enterrem seus mortos".

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Ainda Drumond

O sobrenome deste poeta é quase um anagrama de mundo, sobram as letras DR. É quase um anagrama completo, mas como ele nasceu para ser guache na vida, e na vida, nada está completo, então está justificado o quase possível anagrama. E tem tudo a ver porque vários poemas de Drumond têm a palavra mundo, basta darem uma pesquisada. O mundo, a vida cotidiana estão presentes na sua poética metafísica, simples e universal.
                                                  ***

                         
                                                                      IMAGENS
Imagens
feitas para olhar.
Imagens são ímãs
como teu olhar,
teu corpo nu,
ou tuas mãos a me tocar.