terça-feira, 26 de abril de 2011

À minha musa

                 I
Para que se faz poesia?
Se a poesia é inútil
Se a poesia não é medicina
Não tem utilidade
Não tem retorno em dinheiro.

                II

Poesia tantas vezes não lida.

O poeta procura pela poesia
nos oceanos
no cosmo infinito
no indizível
até na morte.

O poeta é um órfão.

Alguns leitores o encontram
outros o deixam passar
para buscá-lo bem mais tarde.

Quando os dois se encontram.
Que momentos bons!
Que prazer!

Poesia é transfiguração
É encontro de almas gêmeas
É princípio sem fim.

Poesia é cotidiano
é cirscunstãncia,
mas se perfaz no futuro.

Poesia é chuva de prata
ou são lágrimas de prata
jorrados pelo poeta
pirata de palavras e sentidos?

Desvenda o mundo, poeta
só tua autarquia
faz-me diferente
e inerente a esse mundo.

Salve!
Castro Alves. Drumond. Adélia.
Marise Castro. Iracema Macedo. Zila Mamede.
Aluísio Barros. Pessoa. Florbela Espanca. Sophia.

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