quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Bicicleta


Nunca tive bons contatos com bicicleta. Na adolescência inventei de dar carona a uma amiga meio gordinha, fiquei tão cansado que quase morro. Cheguei à escola esbaforido. Já adulto, comprei uma de marcha para perder a barriga saliente. Desisti, pois não sabia passar as marchas. Vendi.

Entretanto, esse objeto me fascina. Lembra-me liberdade. Cabelos soltos ao vento. Paqueras facéis. Tirando as quedas na infância, mas quando se aprende é de uma alegria indescritível. Até o sexo é comparada a ela, quando se diz, "é como andar de bicicleta, não se esquece."Maravilha, não?

Uma cena que não esqueço foi protagonizada por Meg Ryan em Cidade dos Anjos. Já no final do filme, sua personagem Maggie Rice, sai de casa pela manhã com sua bicicleta. Ela estava tão feliz, vivendo intensamente seu amor pelo anjo. Pedala despreocupadamente, abre os braços, fecha os olhos e sente o frescor da manhã. Como é bom viver! Como é bom ser feliz! De repente vem um carro e a atropela. A vida é cruel. Talvez, quem sabe, se ela soubesse dos versos de Vanessa da Mata em Bicicletas, bolos e outras a legrias, isso não tivesse acontecido. A letra diz assim: " É simpatia contra dispersão/ rejeição, desilusão/as sete ervas dos bons caminhos/ arruda ajuda." Superstição ou não, Deus nos livre de todo mal.

Um comentário:

  1. Adorei. Esse filme que citou, maravilhoso. E Atenção...é, é sempre bom!

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