Todo dia nasce e morre gente. Isso é crucial e normal. É difícil aceitarmos a morte, principalmente de um ente querido e próximo. Já disse que não gosto de velório, nem de cemitério. Minha mãe também é assim. Vou quando é o jeito. Não sou nem de perto necrófilo, mas sempre que abro um jornal, leio os convite missa. Olho para os rostos, alguns jovens, outros não e fico imaginando a dor e a saudade de seus familiares. Passo rápido para outra página. É uma sensação que não quero por muito tempo.
Como disse no início, mesmo morrendo gente todo dia, fiquei intrigado com as mortes de tantos artistas desde janeiro. São atores, atrizes, cineastas e músicos que nos deixaram. A indesejada das gentes os levaram e o mundo ficou menor sem os seus talentos e seus sorrisos, sem a voz gutural de Geórgia Gomide e a beleza de John Herbert, primeiro marido de Eva Wilma.
O que podemos fazer? Nada. Nossas malas não estão prontas.As portas estão sempre abertas. Essa sombra é uma hóspede indesejável, sorrateira e cruel. "Só nos resta tomar um conhaque e dançar um tango argentino".
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