sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Solidão

Toda pessoa solitária é forte. Há duas maneiras de ser e estar só: por opção ou por imposição da vida. No primeiro caso, existem seres que não abrem mão da liberdade, casam, mas cada um na sua casa. Outros preferem ficar, nada de compromisso sério; alguns, mesmo numa multidão não conseguem sair desse sentimento, desse silêncio cósmico e lunar que é a solidão. No entanto, não é nenhum sacrifício. Tudo para preservar sua privacidade.
No segundo caso, a vida impõe agruras e sofrimentos. Crianças judias tiradas de seus pais e mortas. Anne Frank sentiu isso; crianças que perdem os pais em acidentes; pessoas que não conseguem encontrar um par, mesmo sendo bonitas e com dinheiro. Observando amigos,  e pessoas em festas, são muitas que terminam a noite sozinhas.Neste caso, problema da modernidade, como nas salas de bate papo, basta um clique e já se parte pra outra. É  o amor líquido, pois os laços humanos são cada vez mais frágeis. Como diz Baumman, " não apenas as relações amorosas e os vínculos familiares são afetados, mas também a capacidade de tratar um estranho com humanidade é prejudicada". 
Enfim, vai-se tecendo nesse segundo ponto, a solidão que abocanha a alma, tornando as pessoas esquivas  e crises de depressão vão se tornando visíveis. Estamos de bolsos vazios à procura de mudanças, não sabemos se para melhor.
                                                                     
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Francisco sempre fora só. Mesmo agora, com 42 anos, não encontra uma pessoa que lhe faça companhia nas caminhadas. Ele sente falta de alguém com quem possa conversar, até mesmo um amigo, enquanto arrodeia a praça feito um idiota. 

3 comentários:

  1. E José está na balada.Beija, rir, abraça, e quando acorda no dia seguinte a cama permanece fria, fria, friamente sozinha.

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  2. Nietzsche prefere a solidão do que o isolamento.

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  3. “Tinha tanto medo de solidão
    que nem espantava as moscas” (Mia Couto)

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