terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Poemas

                                               TELA DE SALVADOR DALÍ

I
Joguei flores pela janela
Só asim, talvez
o mundo abriria suas celas.
II
Do décimo oitavo andar
olhei o mundo.
Ele me confrontava
com seus olhos de nanquim.
III
Sonhei com você
mais uma vez,
corríamos nus,
mas acordei e rolei na cama
morto.
IV
Toda tarde o sol me esperava.
Toda tarde o centro da cidade me esperava às 5.
Toda tarde o morrro de Canoa me esperava.
Toda tarde a tarde me esperava.
Toda tarde eu, Lilás Mistério, não me encontrava.
V
Pretérito no que serei.
Futuro neo que já fui.
Encontro-me, hoje, presente
Em tudo que flui.
VI
Estou com insônia.
Bergônia e bosta
entram pelas narinas.
Não importa, jogo-as portas afora.

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