quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Poemas

I
Nadar

Como queria saber nadar
como os peixes
como Eduarda e Nô.

Iara, vem e me leva.

II
O tempo

Denilson casou
Bruno viajou e depois casou
Costinha casou e descasou
Costinha mora longe
Pompílio sumiu.

E eu permaneço aqui na cadeira de balanço.

III
Sexo

Sexo mal feito
é como filme dublado
não se percebe as emoções naturais dos atores.

Um comentário:

  1. Talvez a cartomante de Machado de Assis e também Clarice com Macabéa e sua Cartamonte enigmática possa lhe dar respostas.
    Soluções que não se levam no balanço da cadeira, nem se trás...ou se trás não senta ao colo ou se leva no peito.
    Tempo perfeito para Casar, viajar, morar longe e sumir. Tempo metáfisico numa cadeira trono de balança rezando o mantra: oxalá faça bom tempo, oxála faça bom tempo, oxalá faz bom tempo...
    Tempo de traduzir, interpretar, reinventar...

    ResponderExcluir