quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Fogo



Fogo
Tudo vinha através de você.
Acabou o ciúme.
Meu tudo passou.
Você se foi.
Parou

             O vento
             O clamor
             A frescura
             A rebeldia
Talvez...o amor
O fogo sempre esteve na altura
Dos nossos corpos insaciados
Aumentando o calor,
Enrijecendo as peles.
Nada escapulia ao nosso mínimo desejo
Acabou o amor do fogo.
Silêncio, silêncio.
Foi o que restou
O amor tornou-se cinza.
Noite.


Um comentário:

  1. Ainda prefiro um ácidez mais revoltada do que contida. Você é melhor quando coloca o dedo na goela e põe para fora algo indesejado. Depois penera tudo e ai transforma em sumo, nectar dos deuses. Exercício só os grandes escritores conseguem fazer. Nada tão palatável para remexer com os mundinhos...
    Como já lhe disse antes, escreva...mesmo que depois rasgue. Mas, valeu o exercício de pôr no papel. Escreva denunciando, dizendo que é incompreendído, relate como ver as coisas diferentes, agarre o medo na escrita.
    Seja nobre ou pebleu na escrita...

    ResponderExcluir