segunda-feira, 14 de março de 2011

Costumes

Os costumes vão passando de geração em geração. Antigamente quando as pessoas morriam, jogavam-se todas as roupas e pertences do defunto quando estes morriam de doenças contagiosas ou de câncer. Não era tão antigamente, não. As pessoas que me contaram têm entre 50, 60 e poucos anos. Diz o ditado que costume mata, mas quem não gosta de tirar um cochilo depois do almoço, comer um docinho, também após o almoço? Em relação ao amor pode matar mesmo, lembrem-se da música de Roberto e Erasmo: "
Eu pensei
que pudesse esquecer
certos velhos costumes
Eu pensei
que já nem me lembrasse
de coisas passadas
Eu pensei
que pudésse enganar
a mim mesmo dizendo
que essas coisas da vida em comum
não ficavam marcadas
Não pensei
que me fizessem falta
umas poucas palavras
dessas coisas simples
que dizemos antes de dormir
De manhã
o bom dia na cama
a conversa informal
o beijo depois o café
o cigarro e o jornal
Os costumes me falam de coisas
de factos antigos
não me esqueço das tardes alegres
com nossos amigos
Um final de programa
fim de madrugada
o aconchego na cama
a luz apagada
essas coisas
só mesmo com o tempo
se pode esquecer
E então eu me vejo sozinho como estou agora
e respiro toda a liberdade
que alguém pode ter
De repente ser livre
até me assusta
me aceitar sem você
certas vezes me custa
como posso esquecer dos costumes
se nem mesmo esquecí de você!!!" Pois é, só resta esquecer os costumes e partir para outra, até que vem novos costumes ou serão os mesmos? É a lei do eterno retorno. Só Nietzsch explica.
Costume em inglês significa fantasia, trajes. Tem tudo haver com nossos costumes carnavalescos, pois além do carnaval ser um costume popular, as pessoas se fantasiam daquilo que mais desejam ser ou com o que se identificam. Dessa vez, os costumes só duram até a quarta-feira quando tudo se acaba para desespero dos foliões, mas há a esperança incontida do próximo ano, de outro carnaval. Se costume mata, realmente não sei, mas que deixa uma saudade, ah! isso deixa mesmo.

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