domingo, 3 de julho de 2011

Fatalidades e educação

                                             (Foto: Juliana Lopes de Aguiar / VC no G1)

Já disse neste espaço que sou sugestivo à negatividades porque basta estarmos vivos para acontecer algo. Podemos ser vítimas de um raio e morrermos chamuscados; ligar a tv e sermos eletrocutados; atingidos por uma bala perdida a qualquer hora do dia ou da noite. Não estamos tranquilos. 
Em Natal uma cratera se abriu e engoliu um carro com duas pessoas dentro. Por sorte as moças conseguiram sair a tempo. Tudo isso devido às fortes chuvas do dia anterior. Calamidades e mais calamidades.
Toda atenção é pouco para não sermos engolidos pelos buracos ou raios que insistem em atravancar nossas vidas. Governantes nos oprimem, mandando voltar ao trabalho, ameaçando cortar ponto, depois de anunciarem um aumento de 34%. Acontece que não foi aumento, apenas uma forma dos salários se equipararem ao piso nacional decretado pelo MEC. O que nós já perdemos em anos anteriores sem reajuste não conta? A greve é mais do que justa e prova que a educação não é prioridade neste país.
Professores, alunos e pais deveriam sair às ruas de guardas- chuvas para se livrarem desses raios e lutarem até que nossos direitos sejam respeitados por todos que fazem a política, não só a governadora. 
Enquanto isso não acontece somos engolidos diariamente por buracos sem fim. Espero que a terra não nos cubra ou sobre pelo menos alguém para continuar a luta.

Um comentário:

  1. Não sou fatalista como você se mostra nas palavras iniciais. A filosofia e as Ciências Sociais desconstruiram isso em mim com teorias e teses.E os bons escritores ratificaram isso com suas novelas literárias. Nem sequer a tendência a reviver de fatalidades guardo, principalmente voltadas para a "lei do murphy" onde o pior acontece com as pessoas.
    Uma leitura fatalista é po demais senso comum e acrítica das leis físicas e quiça sociais e ligando a questão da educação ainda mais.
    Mas como você sou um apaixonado pela Educação. Como sou, sabes bem disso e quem nos ler pode procurar. A sala de aula com todos os desgastes que há é um locus transformado pelas interações há dentro dela. Por outro lado, o conhecimento que portamos e que nela está presente nos livros e no saber retransmitido possui um germe de abrir caminhos.
    Quando lia o seu artigo lembrava de um recente comercial que passou na teve onde pessoas de vários locais: Coreia, Noruega, França...Dizia a importãncia do educador para o país. Acredito que os governantes feitos de borboletas, rosas ou nota musical 2 vezes(Fá) não o viram ainda e se viram esquecerem, também seria interesssante mostrar a diferença salarial entre nós e os outros professores da Coreia, França, Noruega...
    Não é fatalidade e uma questão de mudar o destino que sempre nos refens das escolhas. Diz que Deus dará...Deus é um cara gozador, adora brincadeira...já diz o Chico Buarque.

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