Algumas ações não querem sair de mim como uma tradição. Ainda guardo agendas, as eletrônicas não fazem minha cabeça, também detesto ler livros em computador. Prefiro pegá-los, senti-los, cheirá-los.
No caso das agendas, ver o fizemos em determinado dia de algum ano que ficou pra trasmente, como diria Odorico Paraguaçu. Ler alguma frase que escrevemos, de repente a agenda virou diário. Ver quem deixou de ser nosso amigo. Encontrar o telefone de alguém que terminou a faculdade conosco ou de alguém que não vemos há muito tempo e telefornarmos. Isso se a pessoa ainda lembrar da gente, mas não faz mal. Só em termos lembrado nos faz pessoas melhores.
O computador guarda o que quisermos, mas estou tendo dificuldade em dar um fim as minhas revistas. Elas não são como jornais. Talvez por serem feitas de um papel melhor, capas bem elaboradas, não sei, dar uma pena em levá-las para a escola e virar papel picado. Ainda sou do tempo antigo.
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