(Imagem do site http://www.cifraclubnews.com.br)
Amy, voz inconfundível, corpo de heróína romântica do sec.XVIII, londrina. nasceu na terra de Lord Byron. Assim como este viveu o que tinha que viver, Amy também o fez, mas uma pena que o álcool e as drogas a derrubaram. Agora ela faz parte do grupo dos 27. Artistas como Janis Joplin, Jim Morrisson e kurt Cobain também morreram com essa mesma idade.
Influenciada pelos cantores de jazz, sua música vai ficar para sempre. Ainda bem que temos Adele cuja voz me faz lembrar um pouco de Amy, embora no comportamento sejam totalmente diferentes. Isso não quer dizer que Adele vai substituí-la, mas como esta sofre influência do jazz também, vai ficar uma saudade de Amy cada vez que ouvirmos a cantora de Rolling in the deep. Gostartia de terminar com uma poesia de Lord Byron e aqui fica minha tristeza e me despeço da artista talentosa e ímpar.
Versos Inscritos numa Taça Feita de um Crânio
Tradução de
Castro Alves
Não, não te assustes: não fugiu o meu espírito
Vê em mim um crânio, o único que existe
Do qual, muito ao contrário de uma fronte viva,
Tudo aquilo que flui jamais é triste.
Vivi, amei, bebi, tal como tu; morri;
Que renuncie a terra aos ossos meus
Enche! Não podes injuriar-me; tem o verme
Lábios mais repugnantes do que os teus olhos.
Onde outrora brilhou, talvez, minha razão,
Para ajudar os outros brilhe agora eu;
Substituto haverá mais nobre que o vinho
Se o nosso cérebro já se perdeu?
Bebe enquanto puderes; quando tu e os teus
Já tiverdes partido, uma outra gente
Possa te redimir da terra que abraçar-te,
E festeje com o morto e a própria rima tente.
E por que não? Se as frontes geram tal tristeza
Através da existência -curto dia-,
Redimidas dos vermes e da argila
Ao menos possam ter alguma serventia.