sexta-feira, 3 de junho de 2011

Mundo vasto mundo

                                            ( Imagem retirada do blog gatosepapos.blog.com)

Porta fechada
mão armada.

Punhos de aço.
O que é que eu faço?

Porta entreaberta
são frestas da vida.

Por qual brecha eu passo?

2 comentários:

  1. Macaíba tornou-se na memória dos transeuntes estrangeiros uma cidade de portas abertas. Escancaradas e não tem cadeado ou chaves que as fechem.
    Cansados da jornada, os operários chegam...
    Não tem punhos fechados. Bares e mesas;
    As mãos são asperas, é verdade...mas uma delas aperta a mão direita do estrangeiro que segura na mão esquerda um copo de cerveja.
    'Mininas de microsaia' ao lado do estrangeiro.
    As "portas de abrem" de quem chegou e quem vive na macaíba velha, Alice revisitada...
    Um gordinho que lembra o coelho se apróxima de outro. Diálogo? Não briga...correm.
    O estrangeiro estranha e fica assutado.
    O que é que eu faço!!! Por qual brecha passo? Escondo-me debaixo da mesa.
    Não, mas um gole de cerveja. Amanhã enxaqueca.
    A mão não está armada. O coração, sim.
    Minutos depois...
    Os gordinhos retornam e conversam,
    O estrangeiro interroga.
    Um vai embora na bicicleta, outro fica na mesa.
    O mundo não é vasto,
    é dos amigos a baterem papo maluco.
    E Macaíba anoitecia :
    a policia em ronda,
    mendigos fuçam o lixo,
    loucos e putas vageiam...
    As portas fechadas.

    ResponderExcluir
  2. Adorei vc deveria postar essa poesia no seu blog.

    ResponderExcluir