sábado, 10 de dezembro de 2011

Divagações II


Os escritores mais intimistas, os que falaram mais sobre os estados de alma, o interior das personagens, morreram cedo. Clarice morreu em 77, tinha menos de 60 anos; Fernando Pessoa com 47; Mário de Sá Carneiro se matou; Ana Cristina César se matou; Sílvia Plath se matou; Vírginia Woolf se matou e por aí vai, é melhor parar.  Falar sobre a vida é tão complicado que não damos conta. Ou se morre cedo para não endoidecer ou se comete suicídio por não suportar a existência. Passar para o papel é pouco, mas ainda bem que tivemos esses escritores e seu mundo que de alguma forma me faz entrar em epifania e aproveitar cada minuto da vida. Como diz Clarice, "O tempo urge", ou "...em pleno dia se morre". Tintin de lambrusco bianco amabile pra vocês.

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