quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Adeus à Iracema

Iracema, 75 anos. Desde criança, minha vizinha. Dizia tudo o que lhe vinha a cabeça. A Tibério Burlamaqui ficou mais pobre sem a sua presença. Aliás, todas as donas de casa do meu quarteirão estão partindo. Só penso que um dia vou passar por isso, todos vamos passar, infelizmente. Mães não deveriam ir embora nunca.
Iracema tem ira no nome. Tinha tudo a ver com ela. Quando ficava com raiva, era um Deus nos acuda, mas sabia ser amável, ajudava os outros, dormia cedo e não gostava de calçadas. Criou dois filhos com mão de ferro e carinho. Soube educá-los a sua maneira. Fica a saudade inevitável. Viva Iracema. Teu nome já é um poema.

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