terça-feira, 25 de outubro de 2011

Como num filme


Saio de casa para a universidade. Vou esperar carona perto da Cobal. No meio do caminho, sinto-me como um personagem de novela. Há até uma trilha sonora. A música vem a minha cabeça. Uma música melancólica, romântica. Percebo a câmera que vai do "long shot" ao "close up".
Em outras situações, percebo minha vida como um filme. Uma vez à mesa na hora do almoço ou jantar, não lembro. Senti a cena congelar. O tempo real e narrativo parou. Só a mente e os olhos funcionavam. Prescrutavam o porquê da existência, do lugar  e do momento. Por que nasci aqui? Pra que viver? Foi o acaso ou foi destino? Por que sou assim? Isso se passou na adolescência. A cena volta de repente, mas as respostas não vieram depois da estaticidade da cena.
Terminantemente, a vida não é um filme. Não há como entender a vida, só aceitar sua história de vida.. Concordo com Lya Luft, "Não tenho nenhuma receita, nenhum facilitador para se entender a vida: ela é confusão mesmo".

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