sábado, 5 de janeiro de 2013

Carta à minha antiga casa

Senti saudades. Eu descendo o pequeno morro ou subindo para te encontrar. Ainda estás do mesmo jeito: de taipa, mas não daquele barro vermelho. És amarela. Estranho ser de taipa com essa cor, por isso que és perfeita e ainda estás de pé. Lembras que uma vez desci  o morro correndo com medo de uma abelha enorme? Era uma abelha, uma vespa ou um besouro? Não lembro, sei que meti os pés na carreira, cheguei à casa do meu avô sem fala. Poderia ter outras casas mais bonitas, no entanto, do alpendre via o açude, já existia o mundo, mas não me importava, tinha tudo. Minha casa, você, era privilegiada. Qualquer dia vou te visitar.
                                                  Cheiro de bastante mato verde e água de lá,
                                                                      Etinho

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