segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Carta a Fortaleza II

Bom dia,

Tu continuas linda. Fiquei em outro canto da cidade. És tão grande que é bom perceber todos os teus lados, pois é muito complicado andar por ti. Entretanto não poderia ter deixado de ir onde sempre ficava: a inesquecível, metade índia, metade sereia, Praia de Iracema. Iracema sempre com sua beleza extensa e mágica a qualquer hora dia. Olhar o Dragão do Mar, tomar o chopp com vinho do Bexiga e escolher uma das boates entre tantas que há por ali. Embora boates não façam mais meu estilo. Quero ir a uma de ano em ano.
Uma coisa que notei, Fortaleza, não vi os rostos que costumava ver das pessoas desconhecidas nas boates. São outros. Ou morreram todas ou estão mais velhos que eu. Tenho boa memória fotográfica. Enfim, isso acontece também aqui em Mossoró. Somos sempre tão diferentes e iguais. A única coisa que muda é o tempo. As pessoas não. Daqui a 10 anos os que estão frequentando as boates vão dizer o mesmo.
Voltei com aquela eterna saudade de tuas águas, das pessoas, de Rômulo que não se encontra mais entre nós.  
                                                                                            Espero que até breve,
                                                                                                   Etinho
P.S. Esqueci de comentar o pré- carnaval, também adorei, onde não poderia deixar de ser, na Iracema, nome poema, a eterna rainha das Américas.

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