De repente, veio-me à lembrança do meu bisavô. Chamava-se Honório e meio que se parecia com o Paulo Honório de São Bernardo, roamance de Graciliano Ramos. Lembro dos seus cabelos brancos, era alto e magro. Assim como o persoangem do livro, era conservardor, pois não deixara minha mãe ser enfermeira. "Toda enfermeira é rapariga", dissera à minha mãe e ela foi ser professora.
Quando eu era criança, íamos passar o fim de semana na casa dele e ,às vezes, ele implicava com meus calções que sempre ficava caindo, ele o queria quase perto do umbigo e vivia mandando levantar, com sua voz grossa e autoritária.
Só teve filhas. Cinco. Três ainda estão vivas. Pai Honório, assim todos nós o chamávamos. Lembranças dóem. Seus cabelos brancos ficaram na minha memória.
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