sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Só corpo

                                       (Imagem retirada do site http://mensagens.culturamix.com)

Juliano tem 70 anos. Sua esposa tem alzheimer. O único jeito é segurar sua mão e esperar que em algum momento ela lembre quem fora. Quem ele é. Ela é só corpo. Juliano espera a hora em que suas almas possam se encontrar.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Como compreendo poesia

                                        (Imagem retirada do site http://gabrielrevlon.blogspot.com)

 
Algumas poesias perdi. Estão por aí em alguma agenda ou caderno velhos. As que já encontrei, estão postadas no  meu blog. Que bom que existe blog! Escrevo poemas desde adolescente. Não me considero poeta, mas um escrevinhador de poemas. Fazer poesia é muita responsabilidade. Deixo para os outros opinarem, se são ou não poesia.
A poesia sempre vem ao meu encontro. Encontro-a em qualquer lugar e a qualquer hora. Quando estou bêbado ela flui mais facilmente. A poesia nessas horas chega a doer. Acho que Fernando Pessoa disse isso. Não sei. Enfim, Para ler poesia tem que se estar desnudo,despir os outros e as coisas. Despir as metáforas, as palavras, o indizível. É pegar essas palavras, tocá-las, cheirá-las e aí sim, decifrá-las. Depois vem o gozo, a epifania, o encontro da alma consigo mesmo e o encontro com o mundo. É a vida.
                                                      
                                                                    ***
Três poetas que mantem blogs e que escrevem muito bem: Marcos Leite, mineiro; Leonardo Dutra, pernambucano e Francisco David, mossoroense.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Nus

Nu
você me vê..
Nu
você vai ter.

Duas folhas de papel
escrevendo histórias
descrevendo corpos
narrando peripécias.

Cenas cinematográficas.

Nove e meia
Ainda é cedo, amor.
Fellini espera,
A felidade não.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Quadro de sorrisos

                                           (Imagem retirada do site http://mauren.terra.com.br)

O sorriso da flor
               do dia
               do motor
               da tia
               do cobrador.

Sorriso falso
Sorriso de canto de boca
Sorriso sem riso.

Sorriso- cartão-postal
Sorriso -cartão de visita.
O sorriso da Gal.

Do palhaço
Da Monalisa
Do louco
Do índio
Do negro
Do branco
Das crianças
Do gato de Alice me disse:
"Sorria e continue vivendo."

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Ilhas e castelos

                                           ( Imagem retirada do site http://ecoviagem.uol.com.br)

Se tivesse o dinheiro que muitos artistas ou empresários têm, compraria uma ilha. Não para me sentir rei, mas para poder ter as visitas constantes de toda minha família e de meus amigos. Castelos- grandes, imponentes, magníficos.
Entretanto, os ricos preferem comprar ilhas. Também é bom, porque gosto de praias: brisa, sol, vento batendo na cara. Infelizmente, ilhas eles são. Os artistas depois da fama se fecham, não gostam de dar autógrafos ou chateiam-se quando um fã os param. Antes da fama não era assim. Os empresários compram, mas não podem usufruir. Só pensam em trabalho. Muitos se sentem sozinhos mesmo. Perderam o controle da vida. Sozinhos, quer estejam numa ilha ou não.
Sermos ilhas. Depende da cada um. Estados de espírito. A vida é feita de escolhas.
Ilhas com castelo. Melhor ainda, mas só se for para ser livre completamente. Castelo forte. Ilha para passeios e vôos altos ou baixinhos para sentir o cheiro do mar. Sejamos ilha para abraçar. Castelo para cuidar.

sábado, 24 de setembro de 2011

O cuco

Tadinho,
só aparece de hora em hora.
Cucocucocucocuocucocuco.
Desejo de libertar-se,
das amarras da parede
de dentro das horas.
Monótona rotina
de seu deserto escuro.

Bonitinho cuco.
Casa grande, família grande.
Relógio senzala.
Tu tens asas...


                                                 ***

                      Abraços a todos, Fortaleza me espera. Até segunda.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Lembranças de bisavô

                                       (Imagem retirada do blog http://luna-of-mists.blogspot.com)

 De repente, veio-me à lembrança do meu bisavô. Chamava-se Honório e meio que se parecia com o Paulo Honório de São Bernardo, roamance de Graciliano Ramos. Lembro dos seus cabelos brancos, era alto e magro. Assim como o persoangem  do livro, era conservardor, pois não deixara minha mãe ser enfermeira. "Toda enfermeira é rapariga", dissera à minha mãe e ela foi ser professora.
Quando eu era criança, íamos passar o fim de semana na casa dele e ,às vezes, ele implicava com meus calções que sempre ficava caindo, ele o queria quase perto do umbigo e vivia mandando levantar, com sua voz grossa e autoritária.
Só teve filhas. Cinco. Três ainda estão vivas. Pai Honório, assim todos nós o chamávamos. Lembranças dóem. Seus cabelos brancos ficaram na minha memória.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

De crianças a adultos


Contar as telhas.
Contar estrelas.
não conte ou cria verrugas.

Uma gargalhada no escuro.
Quarto e cama girando.


Uma punheta demorada
por ser insone.

Passagens passageiras dos momentâneos instantes repetitivos da vida.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

In treatment

                                              (Imagem retirada do site http://www.ocafe.com.br)

Já disse que sou viciado em séries. Um amigo achou estranho eu gostar de uma série em que os atores estão todo tempo conversando. In treatmenet(Em tratamento) é assim. Estrelado por Gabriel Byrne, espetacular como o terapeuta Paul Weston, percebemos nas histórias como o ser humano é divino, frágil, forte e surpreedente. Somos todos humanos, por isso essa série fascina. 
A terceira temporada acabou há pouco tempo. Ainda estou na segunda. A cada temporada aparecem novos personagens. Mesmo Paul sendo terapeuta, ele precisa de conselhos pessoais e profissionais, por isso, temos o privilégio de contar, também, com o talento de Diane Wiest(Gina), uma renomada psicóloga que faz Paul se enxergar e melhorar sua vida pessoal. 
Como faço terapia, para mim é um seriado fascinante que me faz aprender muito sobre as pessoas e a seguir em frente para enfrentar a vida.