domingo, 23 de junho de 2013

Entre os protestos e as dúvidas

Escrevo tarde sobre a onda de protestos que assolam nosso país, mas como cidadão não poderia deixar de comentar algo tão inusitado, logo agora em que estamos perto dos 50 anos do golpe militar. Os jovens que aí estão nas ruas não sabem disso, entretanto lutam como assim lutaram os jovens na época da ditadura. Hoje, a ditadura é a falta de uma política de mobilidade urbana, o estopim dos protestos. Depois vieram outras causas: a falta de segurança, de educação plena e de saúde. Precisamos pular essas fogueiras para tornarmos nosso país menos corrupto e menos desigual socioeconomicamente. O profeta São João clama por isso também e São Pedro exclama "Afasta de mim este cálice, pai". As vozes dos santos precisam ser ouvidas, só precisamos que os jovens não politizados desses protestos que são minoria, saiam de cena para acabar com os tumultos e o vandalismo.
Á próposito, em artigo publicado em Carta Capital intitulado "Muito além dos 20 centavos, Maurício Dias diz que os protestos se originaram em São Paulo. Discordo, as manisfetações tiveram início em Natal  e não foi no início do mês pelo aumento aumento da tarifas de ônibus. Teve início desde o ano passado quando os jovens saíram as ruas e pediram o impeachment da ex-prefeita Micarla de Souza. Nós, nordestinos somos "arretados" e tudo que fazemos vira sucesso.
Mas a duvida persiste. Onde em que vai dar tudo isso? Espero que os verdadeiros blocos que exibem os cartazes com frases sérias e com conteúdo sejam atendidos  e chamados pelos governantes para a mesa de negociação. Sem diálogo não há democracia.

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