segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Confissões de Pablo

"Mas sobretudo de onde vem essa certeza de estar vivendo?... "Quis o mar e sentiu os lencóis da cama"...
                          (In Clarice Lispector, perto do coração selavagem, pags. 22 e 23)

Em certos momentos, acho que não estou vivendo. Não da forma como os morangos, as maçãs e as uvas estão sendo colhidas do pé. Das cestas até chegarem as nossas mesas, elas fazem grandes viagens. Não sei se vivo. Fico e estou.
Sentir o gosto do cafezinho à tarde é viver? Sentir o gosto do chá das cinco e pensar na Índia é viver?
O tic tac do relógio, a luz da tv  no quarto escuro, a geladeira fria. Tudo É. Nós humanos apenas existimos. Existimos como o personagem de Guimarães Rosa que vai viver na terceira margem do rio em busca de SER. Existimos como Joana, personagem de Clarice, em busca do coração selvagem.Um dia quem sabe, possamos dizer como James Joyce, "Ele estava cansado. Estava abandonado, feliz, perto do selvagem coração da vida".

Um comentário:

  1. Uau.
    Sempre preferi ser do que estar.
    Certamente é mais doloroso e ao mesmo tempo um refrigério para qualquer alma dantesca...
    enfim,
    minha geladeira refresca demais, e a Cosern ker me detonar por isso...portanto, prefiro desliga la da mesma forma k turn off minha alma, minha pele marcada pelo sol injusto e entronado pelos deuses invejosos pelo que somos, amigos eternos, pq nunca vou encontrar alguém como vc...apesar das distrofias, dos pseudos desprezos, sempre vou lhe amar como amigo!!!!!Uau.
    Sempre preferi ser do que estar.
    Certamente é mais doloroso e ao mesmo tempo um refrigério para qualquer alma dantesca...
    enfim,
    minha geladeira refresca demais, e a Cosern ker me detonar por isso...portanto, prefiro desliga la da mesma forma k turn off minha alma, minha pele marcada pelo sol injusto e entronado pelos deuses invejosos pelo que somos, amigos eternos, pq nunca vou encontrar um amigo como VOCÊ.

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