Lógica e intuição

Logo, logo a lógica
tomou conta de mim.
Mas é tão chato!
A razão tem razões com as quais não concordo.
A literatura é sonho- dizem-me alguns.
Senhora lógica, me desculpe.
Prefiro o que há
entre o sonho e a embriaguez.
Só assim encontro a delícia da existência.

Maquiavelismo

Lula com cara de quem comeu e não gostou; Haddad fazendo de conta que não estava na foto; e Maluf parece que não estava com os dois.

Imagens de você

Imagem
percepção do desejo.
Poesia é imagem.

A força dos sentidos
atua no meu inconsciente,
aumenta meu desejo.
Ensejo você
para além de mim.

Você X

Desde tempos imemoriais
ninguém me conhece
como você.
Meu destino é perecer
nessas lembranças
de mil novecentos e ais.

Se

Se...

Daria uma tese de doutorado.

Confabulando XI

Alguns primeiros ministros da Inglaterra sempre foram alardeados pela imprensa. Ainda hoje lembro do Tony Blair nas manchetes e por causa do filme A rainha com Hellen Mirren. Quem ainda não se lembra de Margaret Tachter. Todos, claro. O capitalismo em pessoa e também por causa da incrível Meryl Streep que a viveu no cinema. O atual parece que é meio apagado ou estou desinformado. Já li alguma coisa sobre ele, porém não lembro seu nome. 

Já Angela Merkel a chanceler alemã está com a bola toda, principalmente por manter o desemprego baixíssimo por lá. Sua pose me lembra Tatcher, uma verdadeira comandante. Capitalismo, capitalismo. O que Salomé do Passo Fundo acharia disso? Ela estaria bem mais preocupada com o aparecimento do Maluf, querendo apoiar candidatura do Haddad. Dio mio! Puta que pariu!

                                                    

                                                                 ***

                                                        Ai, meu nariz!

Ai, meu nariz! Juca Chaves cantava isso em algum programa de televisão. Estava sumido, apareceu recentemente no programa do Jô. Lembrei dessa expressão porque estou criando coragem para operar o meu nariz: retirar dois cartuchos, um esporão e melhorar um desvio no septo nasal. Bem junino não acham, os cartuchos e o esporão? Ai, meu nariz!

Brasil

Índios pintados
Negros coloridos
Borboletas idem.
Colares, pulseiras
enfileiram.
Matizes de um Brasil heterogêneo.   
De que cor mesmo eu sou?


                                                                 

Você IX

Procuro-te pela casa.
A casa não tem asa.
É pedra
cimento
só isso
sem você dentro.

Seu nome

Seu nome
tem qualquer tom
já conhecido.
Nome muído em minha alma.
Tatuado em meu inconsciente.
É premente
seu nome sair de minha mente.
           
                       ***
Seu sorriso
não quer se livrar do meu.
Tudo que tenho pra te dar:
Sou teu paraíso.

Bondes

De repente
me deu saudades
de andar de bonde.

Bonde de todos:
crianças, jovens e velhos.

Bonde
por onde passava
ganhava o dia.

Bonde irradia alegria.

                          ***

                            Adolescência

Como na minha cidade não havia bondes, eu e meus amigos (as) pegávamos um ônibus (o circular) e rodávamos a cidade. Isso num dia de domingo. Até enjoar. Alguém faz isso hoje?

Por onde anda o amor?

Como pode alguém matar outro por ciúme ou se matar por alguém? Dinheiro, baixa auto estima ou alguma doença mental? Quem sou eu para julgar, mas fico pensando e com pena de uma criança que vai crescer sem mãe. Isso diante do caso que a imprensa não para de comentar. O que era amor virou o quê? Por que simplesmente uma pessoa não deixa o outro ir, quando ver que esse tal amor acabou? É muita possessividade, não sei. Sinceramente não tenho respostas. Só mesmo a assassina confessa tem a verdade.

Quando alguém comete suicídio também. Nunca sabemos por que alguém se mata. 

Só sei que não se mata por amor. O amor morreu faz tempo. O que vai ser da gente?

Livre

 Desde 2000 trabalhava três expedientes, agora estou livre a noite. Dois expedientes realmente bastam. O que importa  é ter qualidade de vida. Ficar em casa, ler mais , estudar mais, curtir minha mãe, que já tem 70 e outras coisitas mais e acima de tudo, me curtir mais: banhos demorados, terminar os livros que ainda não li, desapegar mais da internet, assisti a programas bons da tv e não fazer nada. Não fazer nada também é bom demais. De pernas pra o ar, livre pra voar.

Happy hour

A tarde nos espera
com seu barulho de carros
cheiro de batatinha,
de churrasco.
Vemos trabalhadores
bebendo umas.
Depois é só calmaria.
Podemos olhar o que ainda resta
de fachadas antigas,
daquela Mossoró não cosmopolita.
Só nós dois de mãos dadas ao acaso.
Desse jeito até eu caso.

Mãe

Em todas as línguas a palavra mãe começa com a letra M: mater (latim), méter  grego clássico), míter (grego moderno), mother( inglês), mutter (alemão). M também de mamar. Toda mãe é mar de amar.

Sem

                                 Sem música, sem livros e sem quadros, o que será de uma casa?